domingo, 4 de julho de 2010

O uso ou não da tecnologia no futebol

Por: Carla Araújo



“A bola entrou muito” ou “a bola saiu pela linha de fundo” são frases bastante comuns quando o juiz e os auxiliares cometem o erro de anular um gol válido ou dar um inválido. O fato é que, por vezes, times - e seleções - saem prejudicados por causa de algum equívoco da arbitragem. Problemática essa que pode chegar ao fim com o uso de novas tecnologias no futebol, como a bola com chip. Esta técnica fornece ao juiz, com precisão, a localização da bola no campo de jogo. Dessa maneira, determina se atravessou completamente ou não a linha de gol ou a própria linha de fundo.

A ideia não é nova. Para a Copa de 2006 já havia sido pensada a possibilidade de utilização, mas a tecnologia ainda não era perfeita. Foi em 2007 que um encontro em Manchester, na Inglaterra, deu inicio a debates concretos para o uso do chip na bola. A FIFA chegou à conclusão de que a utilização deste meio poderia evitar erros que, algumas vezes, mudam a história de uma partida e, até, de uma competição. Um exemplo foi a Copa de 66, na Inglaterra, em que a final do país sede contra a Alemanha ganhou uma polêmica eterna: a Inglaterra teve uma bola que não entrou toda no gol e o juiz validou. A Inglaterra foi a campeã daquele ano.

No entanto, em 2008, uma reunião da International Board, que regula as regras do futebol profissional, decidiu banir a bola com chip. O motivo seria, simplesmente, o fato de que acabaria com a emoção do futebol. O que é emocionante, então? As brigas e discussões depois de um gol inválido ou de um “não gol” válido? Deve ser, deve ser… A outra explicação é que a nova tecnologia não demonstrou precisão e que não faria novos testes com a mesma.

Em 2009, a FIFA admitiu ter receio em relação ao uso da bola com chip. De qualquer maneira, este ano, voltaram a cogitar o uso da nova tecnologia para a Copa de 2014, aqui no Brasil. No entanto, não sai do papel, já que Joseph Blatter ainda prefere o olho humano e bate na tecla do alto custo da novidade, ou seja, parece que é tudo muito mais no campo das ideias do que concreto. Eu discordo. Se a FIFA der uma solução, não tecnológica, muito boa para acabar com a dúvida de um gol ser válido ou não, eu posso aderir a ela. E que não se fale em juizes atrás da linha de fundo, porque essa, para mim, não serve.

3 comentários:

Leonardo Valejo disse...

Este chip já foi utilizado no Mundial Sub-17, no Peru em 2005. Mas a FIFA descartou o seu uso pois não teve nenhum lance polêmico no torneio.

Abraço

Leonardo Valejo

7 de julho de 2010 às 06:16
Anônimo disse...

Achei o blog sem querer, vou por entre maus favoritos.
É bom ver que as mulheres estão começando a se interessar cada vez mais por futebol.
Sou contra o uso da tecnologia no futebol. Primeiro acho que isso iria tirar completamente a graça, futebol sem polêmicas iria perder muito do encanto.
Outro fato é que não se pode usar critérios diferentes num mesmo esporte, até mesmo na mesma competição. Nos campeonatos estaduais, só para citar um exemplo, há um número grande de câmeras nos clássicos e mesmo em jogos de um time chamado grande contra um pequeno, enquanto nos jogos entre dois pequenos há um número bem menor. Muitos jogos em divisões menores, muitas vezes existe apenas uma câmera para registrar a partida. Não sei se me fiz entender.

Mais uma vez, parabéns, vou por um link no meu blog, entre os recomendados.

Convido vocês a conhecerem meu blog: www.acdindomancuso.blogspot.com
Não é sobre futebol, embora tenha uma postagem que fiz sobre o assunto. É mais voltado a música.

Leiam meu artigo sobre futebol lá no blog: http://acdindomancuso.blogspot.com/search/label/Meus%20Textos

7 de julho de 2010 às 06:44
Carla Araújo disse...

Eu sei, Leonardo. Como eles não tiveram uma conclusão sobre o uso do chip, eles prefiriram deixar de lado. Depois dessa Copa, o Blatter até andou pensando mais nisso, mas ele é muito conservador para aderir a uma mudança desse tipo.

10 de julho de 2010 às 10:45