O "caso Bruno" em abordagem futebolística
Por: Carla AraújoQuando disse que postaria sobre o “caso Bruno” aqui no blog, muitos falaram que não aguentam mais ouvir sobre isso. Outros pediram que eu não fosse sensacionalista e não fizesse uma matéria sobre o desenrolar do caso. Obviamente, eu já tinha pensado nisso. Não cogitei essas possibilidades, até porque todos já sabem o que aconteceu e estão acompanhando desde o início.
Estou aqui não para escrever sobre o possível assassino, mas sobre o goleiro. Se foi Bruno ou não quem matou Eliza Samudio, não é o motivo da minha abordagem. Por que um atleta tão bem sucedido faria algo desse porte? O que leva alguém a agir assim?
Com 25 anos, Bruno era considerado um dos melhores goleiros em atuação no Brasil. Possíveis propostas de grandes clubes da Europa, como o Milan, eram a chance de ouro do jogador. Não importa se ele arquitetou o crime, fez com as próprias mãos, apenas assistiu ou foi cúmplice dos envolvidos, Bruno jogou fora sua grande carreira. Isso ninguém pode negar: como goleiro, Bruno sempre foi muito bom e decisivo. A esperança de ser convocado para a Copa de 2014 acabou, como tudo relacionado à profissão escolhida pelo jovem de Belo Horizonte.
O que levou Bruno a se envolver em um crime desses? O jogador do Flamengo tinha um salário entre 150 e 200 mil reais no Flamengo. Eliza pedia pensão, foi ameaçada de morte e desapareceu pouco depois. É difícil acreditar que seja, apenas, por causa do dinheiro, porque ele tinha condições de assumir o que exigia a estudante. É claro que ainda não se tem certeza de Bruno ser o pai de Bruninho, mas, mesmo assim, um exame de DNA poderia ter sido pedido pelo goleiro. Não era necessário assassinar Eliza. O fato de o amigo de Bruno, conhecido como Macarrão, ser um dos principais suspeitos de ter sequestrado e matado a jovem, demonstra que as amizades eram um problema na vida do jogador. A própria avó materna, em depoimento, demonstrou grande preocupação em relação às companhias do neto. A frieza com que o goleiro trata a situação e as declarações de que não vê Eliza há meses, contrastam com o que outros suspeitos falam, garantindo o envolvimento de Bruno.
Além do caso Eliza Samudio, Bruno já esteve envolvido em declarações polêmicas, como “Quem nunca saiu na mão com a mulher?”, após o caso de Adriano com a ex Joana Machado. As investigações do assassinato e os indícios parecem levar a uma única resposta: de que realmente o jogador sabe desde o inicio e é o principal mandante. Dessa maneira, sem dúvidas, tudo leva a crer que a carreira do goleiro acabou. Se for considerado culpado por todos os crimes pelos quais é suspeito, pode pegar até 56 anos de prisão. Como no Brasil a pena máxima é de 30 anos, se considerado um crime hediondo, Bruno pode ficar, aproximadamente, 22 anos preso. E, mesmo que isso não aconteça, nenhum clube de médio a grande porte fará propostas pelo jogador. Burrice e falta de instrução.
0 comentários:
Postar um comentário